Editor do famoso diário eletrônico jurídico Migalhas, Miguel Matos quer com esse trabalho que as pessoas leiam Machado de Assis! É disso que se trata: um convite vigoroso, quase uma convocação.
“Leiam Machado! Ele fala de vocês, ele escreve para vocês!”
Na leitura completa da obra machadiana, Miguel Matos destacou a numerosa presença de advogados, desembargadores e bacharéis, entre outros diversos personagens do meio jurídico.
E ao focalizar o enredo pelo prisma desses personagens, Miguel Matos nos mostra que Machado de Assis era praticamente um jurista, valendo-se em diversas situações da linguagem jurídica. Como se não bastasse, Machado teria também lançado mão de institutos jurídicos como senhas para que pudéssemos decifrar seus enigmas.
Machado de Assis era mesmo pobre, sem estudo? Era um autodidata? Como aprendeu francês? Como conseguiu subir na vida? Obter respostas a estas perguntas é dificílimo, pois ele não deixou um livro de memórias. No entanto, é possível – e bem prazeroso – garimpar sua biografia nos velhos jornais e em suas obras. Ah, e as descobertas são sensacionais.
Autor de romances célebres, Machado de Assis teve uma fecunda produção como cronista e contista. Observador do cotidiano, nos presenteia com uma riqueza de assuntos, quase sempre com um olhar extremamente progressista para a época. Defensor das mulheres, do direito ao voto, dos valores democráticos, Machado é apresentado agora com a inédita faceta de jurista.
A vertente jurídica machadiana fica patente na obra Dom Casmurro. Bentinho, para quem não se lembra, era um advogado. E a chave para abrir o mistério da traição ou não de Capitu é exclusivamente jurídica, tendo inacreditavelmente ficado até hoje esconsa dos estudiosos da obra do Bruxo e Jurista do Cosme Velho. E qual foi a prova cabal? Confira no livro a evidência irrefutável.
Jornalista, advogado, especialista em Gestão da Comunicação (ECA/USP), criador e editor do portal jurídico Migalhas.
"O Código de Machado de Assis é diferente de tudo o que já foi publicado. A despretensão, confessada modestamente pelo autor, não é capaz de encobrir a extensão, a profundidade e a riqueza da pesquisa, com sua característica inédita: localizar na extensa obra machadiana cada migalha jurídica, documentando a influência que o Direito exerceu sobre o notável escritor."
Luís Roberto Barroso
"O livro de Miguel Matos — Código de Machado de Assis: Migalhas Jurídicas —, sob o título talvez despretensioso, acumula um verdadeiro tesouro para o leitor que se interesse pelo Direito ou queira simplesmente saborear a obra de Machado e aprender a 'combinar as regras do direito universal com as do pátrio costume'." José Sarney